NOTÍCIAS
Espaço Cultural lança obra sobre regime de comunhão parcial de bens
27 DE ABRIL DE 2022
Composta por 15 artigos de 19 juristas de todo o país e prefaciada pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça Luis Felipe Salomão, a obra Regime de Comunhão Parcial de Bens foi lançada nesta terça-feira (26) no Espaço Cultural STJ. A organização do livro é de Rui Portanova, desembargador e doutor em direito, e Rafael Calmon, juiz estadual e doutor em direito processual civil.
O presidente do STJ, ministro Humberto Martins, destacou durante o lançamento que esse é o primeiro volume da coleção O Direito de Família Conforme Interpretação do STJ. “A ideia da coleção nasceu da pretensão de consolidar a interpretação de temas debatidos no Tribunal da Cidadania, a partir da análise de juristas interessados nesse campo”, afirmou.
O ministro comentou que o livro aborda a comunhão parcial como uma questão essencial para o dia a dia dos cidadãos: “O STJ prioriza a manutenção da família, a célula base da sociedade brasileira, mas, como intérprete da lei, o Tribunal da Cidadania está pronto para dar as respostas aos casos de dissolução do casal e separação dos bens”.
Martins observou que esse foi primeiro lançamento de livro no tribunal após a pandemia de Covid-19 e salientou a importância do retorno às atividades presenciais. “O novo normal é estar próximo do outro, voltar a sentir o calor humano e a ter a convivência social. Somos uma casa do saber e do conhecimento jurídico, mas também a casa da cidadania”, declarou.
Demandas importantes
O ministro Salomão lembrou que o Código Civil está completando 20 anos em 2022 e que as questões de família, disciplinadas nesse diploma legal, estão entre as mais importantes demandas que chegam ao STJ. “A separação de bens é uma questão permanente no tribunal. A obra contribui para a doutrina, tendo como referência as decisões do STJ. Ela é, ao mesmo tempo, pioneira e relevante”, completou.
O desembargador Rui Portanova observou que a comunhão de bens gera muitas discussões doutrinárias. “Esse livro participou da construção da doutrina, com base em casos concretos, e servirá de base para juízes e advogados”, disse. Segundo ele, outro destaque foi a participação feminina: cerca de metade dos autores são mulheres.
Diversidade cultural
Outro organizador da obra, o juiz Rafael Calmon, ressaltou a diversidade cultural presente no volume, que contou com a colaboração de autores de diversas regiões brasileiras. “Isso traz mais inclusão e acesso às diversas realidades do país”, avaliou. Entre os temas abordados, ele destacou a separação do casal que também é sócio em empresas. “É uma questão que envolve o direito de família e empresarial e ainda tem diversos entendimentos divergentes no país”, comentou.
Uma das autoras é a advogada Patricia Novais, que tratou da partilha de bens no Brasil de casais que residem no exterior. Segundo ela, a maior participação de mulheres e a diversidade de origens são os diferenciais da obra. “Temos estudos que indicam que, durante a pandemia, houve uma diminuição na evolução acadêmica das mulheres. Esse tipo de obra ajuda a combater esse viés machista que ainda persiste no Judiciário”, afirmou.
Também estiveram presentes ao evento o ministro Raul Araújo, o diretor-geral do STJ, Marcos Antonio Cavalcante, e o secretário-geral da Presidência, Jadson Santana de Sousa.
Fonte: STJ
Outras Notícias
Anoreg RS
Pedido de reconhecimento de união estável pode ser analisado em inventário, diz TJ-SP
17 de março de 2022
O reconhecimento da união estável em sede de inventário é possível quando esta puder ser comprovada por...
Anoreg RS
Projeto revoga confirmação de testamento por testemunhas
17 de março de 2022
Autor alerta para risco de nulidade se todas as testemunhas faltarem.
Anoreg RS
e-Revista CNJ: artigo destaca função social dos serviços notariais
17 de março de 2022
A função social dos serviços notariais, de registro e do protesto de títulos e documentos de dívidas é um dos...
Anoreg RS
Migalhas – Artigo: Principais diferenças entre recuperação judicial, recuperação extrajudicial e falência – Por Manuela Aroca
17 de março de 2022
Lei de Falências e Recuperação Judicial apresenta mecanismos legais que visam a possibilidade de reestruturação...
Anoreg RS
Usucapião extrajudicial, conheça os mitos e as verdades
16 de março de 2022
Neste brevíssimo ensaio vamos pontuar, no que diz respeito à Usucapião Extrajudicial